quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Resenha: Doom of the Savage Kings

    
   Finalmente mestrei o módulo Doom of the Savage Kings, aventura de 1o nível que vem gratuitamente (ou pelo menos vinha) com a aquisição do corebook do Dungeon Crawl Classics. Abaixo faço um relato de como foi minha experiência com ela, contendo assim, grandes spoilers referente aos acontecimentos detalhados no livreto. Seguindo a qualidade de sempre dos produtos da Goodman Games, o módulo traz uma aventura para ser completada em uma tarde. O grupo que joguei, terminou a história inteira em exatas 5 horas.
    Na trama, nossos personagens iniciam o jogo depois de andar por dias, rodeados pelos descampados lamacentos e nebulosos. Das névoas ao redor, avistam formas humanóides e um grito feminino vindo à frente. Por fim, percebem que se trata de camponeses levando uma bonita moça de cabelos preto-corvo para um sacrifício. Um dos personagens se comoveu pelo apelo da jovem menina e o grupo solicita explicação pelo o que está acontecendo ali. O líder do grupo, diz que estão apenas cumprindo ordens, mas diz se o grupo insiste em levar Morgan de volta, eles terão que dar satisfação ao Jarl de Hirot, uma cidade ao oeste da velha estrada.
Chegando em Hirot
     Assim, os personagens se envolvem no problema da cidade: há três meses, um antigo demônio percorre as ruas e leva uma vítima aleatoriamente da cidade para ser morta em um monumento antigo, erguido por tribos de outrora. Valorosos, os personagens fazem uma apelo à corte do Jarl e a cidade para cessarem os sacrifícios e que eles pensarão em alguma forma para destruir a besta de uma vez por todas, já que a criatura fora duas vezes previamente e sempre retorna. Essa noite, a besta deve ser derrotada uma terceira vez (sendo que os guerreiros do Jarl já haviam matado a fera duas vezes antes) para que todos possam ter tempo para estipular um plano alternativo.

O primeiro encontro com a besta nas ruas do vilarejo
    Doom of the Savage Kings é uma ótima pedida por oferecer uma mistura bem executada entre um rail road (aventura nos trilhos) e o sand box (com um espaço rico a ser explorado livremente pelo grupo). Existe muita coisa a ser explorada dentro das paliçadas da cidade, muitos NPCs detalhados e fora dela, há uma tumba (que foi da onde a besta fora libertada), uma grande e densa floresta, o antigo local sagrado e a área pantanosa onde o demônio se esconde (e de onde renasce, quando destruído). De maneira natural, meu grupo desejou explorar vários desse pontos, bastando uma conversa com os moradores e descobrindo o que havia pelos arredores da cidade e suas lendas.
Pontos altos na sessão:
  • Os jacarés da área pantanosa que quase mataram o grupo
  • A promessa feita a certa bruxa, ao qual resultou num casamento inusitado no final
  • A traição da elfa do grupo ao qual passou a dominar a tumba de seus antepassados
  • O aprisionamento do demônio-lobo na primeira tentativa no final do jogo!
  • A sessão terminou com um gancho não previsto pelo módulo: a elfa traidora libertou outro espírito animal venerado pelos elfos de outrora. Dessa vez um demônio-urso!
    Por fim, é um livreto que apesar de curto, é capaz de dar a partida em uma série de histórias baseadas nessa mesma localidade e desnecessário dizer, com uma arte linda, com direito a 3 lindos mapas: a cidade, a região e uma masmorra bem mortal. Se o módulo Sailors on the Starless Sea (já resenhado aqui) transmite um clima aventuresco de sessão da tarde, esse aqui parece uma matinê de terror com uma boa pegada de Beowulf. E mais: como vencer uma criatura que não pode ser morta?

Bons jogos a todos!

4 comentários:

  1. Bem legal, tenho curiosidade de jogar Dungeon Crawl Classics.
    Faça mais algumas resenhas de literatura como você com a Companhia Negra, achei bem interessante.

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    1. Opa, que bom que curtiu. Anotada sua sugestão: farei mais resenhas literárias. Obrigado por acompanhar e comentar aqui. Abraço.

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  2. Aventura interessante. Uma dúvida, vc disse que a elfa do grupo traiu eles e passou a dominar a tumba de seus antepassados. Que tumba é essa?
    Vc não disse que a tumba era do monstro?! Ou seria outra tumba?rs

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    1. É a tumba de onde a criatura fora libertada antes da aventura iniciar. Isso é contado no background dela na verdade. Por fim, o grupo é levado até lá para obter informações das lendas a respeito dos totens que foram venerados pelas tribos élficas eras atrás. Na minha aventura, a elfa desejou tomar a tumba abandonada e no final da trama, despertou um novo espírito-animal que habitou o local.

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